Porque é que levarmos revistas para a casa de banho é ainda um facto socialmente inaceitável?
Em casa (própria e de familiares) ainda é uma situação suportada, até para causar alguns momentos de “risota da boa” às custas do “primo Pedro” que só consegue…obrar se tiver material de leitura…mas no nosso emprego…porque não podemos fazê-lo?
Todos os dias somos atormentados por anúncios sobre bolachas que ajudam os intestinos a funcionar melhor, água que o faz funcionar mais depressa, iogurtes que o fazem ficar renovado celularmente, fruta em embalagens de iogurte, chazinhos e mezinhas para evitar “trânsito congestionado” na área.
No entanto, pegar numa revista e dirigirmo-nos à casa de banho passa a ideia: “Sou um(a) porco(a) que lê enquanto… “
Mas afinal, o que é que as pessoas que ficam incomodadas com a situação imaginam?
Que vamos usar a revista como papel higiénico e colocá-la de novo no cesto das revistas???? Intriga-me…Ou ainda serão as velhas memórias de antigamente, em que “mitologicamente” só se podia folhear as páginas de revistas como Playboy ou Penthouse (ou da Revista Gina, já que estamos a falar de mitos) na segurança da nossa retrete????
Será que as pessoas nos vêm com tamanha admiração que não acreditam que sejamos como o comum dos mortais e que tenhamos, também nós, as nossas necessidades fisiológicas?
Eu pessoalmente gostava que a imagem que passa quando alguém me vê de revistinha na mão a caminho da casa de banho fosse: “Além de ser extremamente culta (pois aproveita todas as oportunidades para ler), tem o seu intestino a funcionar a 100 %”...o que na sociedade actual, julgando pela publicidade, é mais importante que andar com a roupa limpa.
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